Ember Conflict

Ex-diretora do Americanas chega a São Paulo após se entregar em Portugal.

A executiva foi conduzida para fora da aeronave acompanhada por membros da Polícia Federal (PF). Só depois disso, os demais passageiros puderam desembarcar, segundo pessoas do mesmo voo ouvidas pelo GLOBO.

No país, ela teve que entregar o passaporte à PF. Ao chegar no Terminal 3 de Guarulhos, destinado aos voos internacionais, Anna Christina foi encaminhada para Delegacia Especial do Aeroporto Internacional de São Paulo da PF, dentro do aeroporto, por uma passagem lateral e de forma discreta.

Ela deixou o local às 7h46, de carro, por uma saída exclusiva da Polícia Federal, sem contato com os demais passageiros e sem falar com os jornalistas. Em nota, a PF informou que “efetuou a retenção do passaporte” de Anna Christina no momento em que ela desembarcava no Aeroporto.

“Após o retorno da investigada ao Brasil, o mandado de prisão em seu desfavor foi convertido em medida cautelar para impedir sua saída do país, com retenção de passaporte. Além disso, a investigada também foi excluída da lista de Difusão Vermelha da Interpol, já que retornou ao território nacional”, acrescenta a corporação.

Foi o magistrado que determinou que ela deveria entregar o passaporte à PF assim que chegasse ao Brasil. Ele também decidiu que a executiva não passaria por audiência de custódia e que não seria presa.

Ex-CEO do banco digital da Americanas, a AME, Anna Christina estava afastada das funções executivas da varejista deste fevereiro do ano passado. Ela entrou na companhia há mais de vinte anos e, segundo os investigadores, é uma das principais responsáveis pelo esquema de fraudes.

Na varejista, ela foi também diretora-presidente e presidente do Conselho de Administração da B2W, braço de varejo digital do grupo. Além da executiva, foi alvo da operação da PF e do Ministério Público o ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, que mora na Espanha e tem dupla cidadania.

Também teve de entregar seu passaporte à polícia local. Pelo crime de uso de informação privilegiada, eles podem ser condenados a cinco anos de prisão.

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