A Meta, proprietária do Instagram, Facebook e WhatsApp, informou nesta quarta-feira que interrompeu, no Brasil, o acesso a recursos de inteligência artificial (IA) generativa em suas redes sociais. A decisão acontece depois de a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANDP) suspender a nova política de privacidade da empresa, que permitia usar informações de usuários para treinar sistemas de IA.
A Meta planejava para este mês o lançamento, no mercado brasileiro, da IA da Meta, um pacote de recursos, já disponível em alguns países, que inclui robôs de inteligência artificial generativa no WhatsApp, Facebook e Instagram. Além da IA da Meta, a empresa vinha disponibilizando para parte dos usuários brasileiros um recurso de criação de figurinhas usando IA generativa.
A decisão de suspender os recursos de IA no Brasil foi similar a postura adotada na União Europeia. Depois autoridades de dados do bloco europeu questionarem a nova política de privacidade da empresa, a companhia anunciou que iria adiar o lançamento do chatbot Meta AI na região.
No Brasil, o aviso não aconteceu. A ANPD, em 2 de julho, proibiu a big tech de usar as informações de usuários para alimentar suas IAs.
A Meta também teria dificultado o trâmite para os usuários se oporem ao uso de suas informações e infringido a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Na ocasião, a empresa disse, em nota, estar “desapontada” com a decisão da ANPD, que definiu como um “retrocesso”, que atrasaria a chegada “de benefícios da IA para as pessoas no Brasil”.
Na semana passada, a empresa apresentou um pedido de reconsideração da decisão, que foi negado pela ANPD.