Trump fala após tentativa de atentado: ‘eu deveria estar morto’

O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano nas eleições deste ano, Donald Trump, deu a primeira entrevista a um veículo de imprensa após a tentativa de atentado ocorrida no sábado (13). Durante uma conversa a caminho da convenção republicana, que terá início nesta segunda-feira (15) em Milwaukee, no estado de Wisconsin, ele falou com repórteres do The Washington Examiner e do New York Post. Trump comentou que foi uma experiência surreal e expressou incerteza sobre suas ações em momentos como esse, chegando a dizer que não deveria estar vivo. Após o ataque, o discurso previsto para a convenção republicana, no qual ele seria definido como o candidato do Partido Republicano, foi completamente modificado.

Inicialmente, seria um ataque direto ao presidente Joe Biden, candidato democrata e seu concorrente na disputa. No entanto, Trump afirmou que o discurso será mais unificador, mencionando a vontade de unir o país, embora esteja ciente da divisão presente na sociedade. Ele considera essa uma oportunidade para unir não apenas o país, mas também o mundo inteiro. O ataque a tiros ocorreu durante um comício na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia.

O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, foi morto pelo Serviço Secreto logo após o atentado. Ele era membro registrado no Partido Republicano e usou um fuzil AR-15, uma arma semi-automática, no ataque. Além do atirador, uma pessoa que acompanhava o comício faleceu e outras duas ficaram gravemente feridas. Durante o ataque, Trump estava discursando no evento quando teve a orelha direita atingida de raspão pelos disparos.

Ele foi prontamente protegido por agentes do Serviço Secreto e retirado do palanque. O atirador, posicionado a cerca de 200 metros do local do comício, fez múltiplos disparos em direção ao palco. Mais recentemente, o presidente Biden anunciou uma força-tarefa independente para investigar o ataque a Trump durante o comício.