Brasil preocupa-se com a prisão de opositor de Maduro e não vê abertura para diálogo na Venezuela.
O ex-chanceler Celso Amorim deu uma entrevista à agência Reuters e expressou preocupação com a escalada de autoritarismo na Venezuela. Ele destacou que o Brasil não tem visto espaço para diálogo no país vizinho, mas reforçou a expectativa por uma solução pacífica para a crise política lá. Amorim também afirmou que uma eventual detenção de González seria considerada uma prisão política pelo Brasil.
Ele reiterou que o país não reconheceu a vitória de Maduro ou de González nas eleições recentes e não considera a situação eleitoral resolvida. Até o momento da entrevista, não havia informações concretas sobre a prisão do opositor de Maduro, Edmundo González. González é investigado por crimes como usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, sabotagem de sistemas e associação criminosa.
O mandado de prisão formaliza a acusação contra González por esses delitos. Além disso, o ex-chanceler mencionou que o Ministério Público venezuelano é aliado do presidente Nicolás Maduro e controlado por chavistas, o que levanta preocupações sobre a imparcialidade no processo contra González.