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Justiça da Venezuela ordena a detenção de Edmundo González após pedido do MP

Edmundo González realizou um comício em Caracas em 25 de julho de 2024. O Ministério Público compartilhou um documento expedido pela Justiça relacionado a González na segunda-feira (2).

A prisão de González ainda não ocorreu até a última atualização da reportagem. Foi expedida uma ordem de prisão contra o candidato opositor Edmundo González em 2 de setembro de 2024.

O procurador-geral Tarek Saab afirmou que as intimações tinham como objetivo colher o depoimento de González sobre a publicação de atas impressas das urnas eleitorais em um site. O mandado de prisão estipula que González deve ser colocado à disposição do Ministério Público imediatamente após sua detenção.

A oposição usa os dados das atas para argumentar que Edmundo González venceu a eleição presidencial de 28 de julho. Mais de 80% de todos os documentos emitidos pelas urnas foram publicados pelo grupo opositor em um site.

O mandado de prisão emitido pelo regime para ameaçar o presidente eleito Edmundo González ultrapassa uma nova linha que apenas fortalece a determinação do nosso movimento. “Os venezuelanos e as democracias ao redor do mundo estão mais unidos do que nunca em nossa busca pela liberdade”, afirmou Corina Machado.

Saab afirma que os documentos apresentados pela oposição são falsos. A Argentina rejeitou o mandado de prisão emitido pela Justiça contra Edmundo González, que chamou de “vencedor das eleições presidenciais” e emitiu um “alerta à comunidade internacional sobre uma onda de radicalização do regime que pretende criminalizar as forças democráticas venezuelanas”.

O CNE deu a vitória a Maduro sem apresentar as atas eleitorais. A lei venezuelana prevê detenção quando há três faltas consecutivas em intimações para depoimento.

Após o resultado das eleições, milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o resultado. O procurador-geral afirmou que abriu uma investigação contra Corina Machado e outras pessoas da oposição, classificados por ele como membros da “extrema direita”.

Segundo Saab, as manifestações que aconteceram após o dia 28 de julho foram ações planejadas. Para o procurador-geral da Venezuela, o país vive uma “guerra híbrida” com uma tentativa de golpe de Estado.

Saab afirmou que existe uma escalada de pressões patrocinada pelos Estados Unidos desde 2017 para derrubar Maduro do poder. Ao ser questionado se Corina Machado poderia ser acusada por homicídio, Saab afirmou que “a qualquer momento, qualquer um deles poderá ser responsabilizado como autor intelectual de todos esses acontecimentos”.

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