A informação foi confirmada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Espanha. José Manuel Albares, ministro dos Negócios Estrangeiros da Espanha, declarou que González embarcou num voo da Força Aérea espanhola. Conforme a agência Reuters, Albares afirmou pela rede social X que “o governo da Espanha está comprometido com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos.”
A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, divulgou que González deixou o país com o aval do governo venezuelano. Segundo ela, “após os contatos entre os dois governos e o cumprimento dos trâmites legais, a Venezuela concedeu os salvo-condutos necessários para garantir a tranquilidade e a paz política no país.” Rodríguez destacou que “essa ação reafirma o respeito à lei que tem prevalecido nas medidas adotadas pela República Bolivariana.”
De acordo com a vice-presidente, o candidato estava “há vários dias” refugiado na embaixada da Espanha em Caracas, capital da Venezuela, e havia solicitado asilo político por ser alvo de um mandado de prisão. Em 2 de setembro, a Justiça venezuelana acatou um pedido do Ministério Público e emitiu a ordem de prisão contra González. O grupo garante que González venceu o pleito com base nas atas impressas pelas urnas eletrônicas, enquanto as autoridades eleitorais anunciaram Nicolás Maduro como presidente reeleito.
A oposição publicou cerca de 80% das atas eleitorais em um site, o que comprovaria a vitória de González. A ONU apontou que os documentos são verdadeiros. Por outro lado, o Ministério Público disse que as atas são falsas e pediu a prisão de González.
Em uma carta enviada ao Ministério Público, ele afirmou que não ia se apresentar, pois considera que o processo contra ele não tem fundamento legal. O órgão é aliado do presidente Nicolás Maduro e controlado por chavistas. A líder da oposição, María Corina Machado, também está sendo investigada pelo Ministério Público.
Na quinta-feira (5), ela se responsabilizou pela publicação das atas eleitorais em um site.