Névoa de fumaça constantemente afeta cidades em Mato Grosso do Sul, com poluição 25 vezes acima do recomendado pela OMS

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No vídeo acima, é possível ver a situação em Campo Grande. A situação tende a piorar neste sábado (14) e a previsão é de um alívio gradual para domingo (15).

A empresa suíça IQAir monitora a qualidade do ar em Mato Grosso do Sul, em seis cidades diferentes. Apenas Aparecida do Taboado apresenta uma situação um pouco menos grave, com registro de ar “insalubre para grupos sensíveis”.

A IQAir utiliza satélites para monitorar a qualidade do ar em várias cidades do mundo, medindo a concentração de partículas poluentes. Essas partículas têm diversas origens, como queima de combustíveis, queimadas e incêndios florestais.

Em períodos de seca, há uma maior concentração de poluentes na baixa atmosfera. Em Corumbá, cidade com o pior nível no estado, os dados revelam uma concentração de 128,8µg/m³ de partículas no ar, enquanto a OMS recomenda uma concentração entre 5 e 15µg/m³.

A população está incorporando o uso diário de máscaras, seguindo as orientações das autoridades municipais. Caetano, Kátia e Marli relatam como estão lidando com a fumaça.

“O clima aqui está bem difícil de aguentar, sem a máscara, na verdade. As crianças são as principais vítimas da fumaça nessas duas cidades.

“Eu tenho duas pessoas da mesma família que ficaram muito ruins. Tenho um neto que está mal, não está nem indo para a escola por causa da fumaça”, disse a autônoma Marli Monastério.

Ela contou que o neto teve de ser levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) devido à piora dos sintomas de rinite e sinusite. Isso fez com que a secretaria de Saúde de Corumbá emitisse orientações para a permanência dos alunos nas escolas municipais, como manter salas fechadas, incentivar a hidratação constante e evitar atividades em ambientes externos.

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